|
uma soluçao para os desperdícios |
Criada na década de 80 pela Motorola e aperfeiçoada
pela General Eletric (GE), ambas empresas norte-americanas, o Seis
Sigma é uma poderosa ferramenta no combate aos desperdícios.
Sua metodologia é baseada em análises estatísticas
que mensuram a quantidade de falhas possíveis de ocorrer
em um determinado processo. É um instrumento que, pela sua
versatilidade, pode ser implementado em empresas de diferentes setores
do mercado, embora seja mais freqüentemente empregado nas linhas
de produção de indústrias.
Uma comparação com seus modelos anteriores, por si
só, já é uma garantia do alto grau de eficiência
desta ferramenta. Enquanto o 5 Sigma trabalha com a possibilidade
de 233 defeitos por milhão, o 4 Sigma com 6.210, o 3 Sigma
com 66.807, o 2 Sigma com 308.537 e o 1 Sigma com 690.000, o 6 Sigma
pretende atingir a excelência do programa, reduzindo ao máximo
a incidência de defeitos, que passa a ser tolerada em apenas
3,4 para cada milhão de operações realizadas,
levando a uma significativa melhora na qualidade e nos resultados
financeiros das empresas. E quanto mais se consegue reduzir a quantidade
de falhas nos procedimentos produtivos e administrativos, tanto
maiores serão as chances de atingir o máximo de eficiência
e qualidade, o 6 Sigma, objetivo de toda e qualquer organização.
Para se ter uma idéia, as empresas que operam no modelo do
3 Sigma ou do 4 Sigma jogam no lixo de 15% a 30% de seu faturamento.
Causa dos desperdícios, das inspeções adicionais,
dos retrabalhos, dos desgastes de imagem, das perdas de receitas
e da desmotivação de seus funcionários, além,
é claro, da conseqüente redução da sua
carteira de clientes.
A implementação do 6 Sigma obedece a quatro etapas,
todas elas de vital importância para o sucesso:
1. A identificação e mensuração dos
erros e falhas existentes nos mais variados processos produtivos
e administrativos da organização;
2. A análise e avaliação da atual situação
de cada processo, visando o estabelecimento de prioridades e um
adequado planejamento de rotas e estratégias necessárias
em relação aos pontos mais críticos e de maior
complexidade;
3. O aprimoramento dos diferentes procedimentos, sistemas e métodos
existentes na organização, simplificando, aperfeiçoando
e melhorando sua eficiência e eficácia;
4. O monitoramento, que é o mecanismo que vai garantir um
efetivo controle e vigilância de todo o processo e a própria
continuidade da implantação do 6 Sigma. Além
de manter as pessoas permanentemente plugadas no programa, para
que não ocorra o natural relaxamento dos colaboradores e
o conseqüente esquecimento em relação à
importância do 6 Sigma para toda a "Família".
Entretanto, sem contar com uma equipe de verdadeiros faixas-pretas
(black belts) no assunto, qualquer tentativa de implementação
tende a resultar em fracasso. Pois são esses especialistas
que atuarão no cerne da questão, atacando principalmente
os problemas crônicos da organização, identificando
suas causas e apontando as possíveis soluções,
além de criar alternativas de mecanismos que possibilitem
uma rápida identificação de possíveis
novas incidências. É o que vai viabilizar a eliminação
de fatos causadores de custos desnecessários, perdas de tempo,
etapas adicionais e enormes dores de cabeça aos empresários.
Outra peça fundamental para o sucesso da empreitada é
formada pelos colaboradores. Eles que têm uma considerável
parcela de participação no projeto deverão
estar permanentemente ligados a cada uma de suas etapas, interagindo
com os líderes e estrategistas. Por isso, será preciso
também contar com mecanismos geradores de motivação
e satisfação profissional que assegurem a melhor qualidade
possível na participação de cada um deles.
Agora sim! Com todas as pontas amarradas e nenhuma aresta para atrapalhar,
a empresa estará preparada para uma implementação
bem sucedida. Aí, é só manter o equilíbrio
que os resultados almejados não demorarão a aparecer.
|
Autor: Fernando Gomiero |
|