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A importância do capital intelectual |
A abertura de mercado e a queda das barreiras alfandegárias
resultaram na entrada em massa dos produtos importados e na conseqüente
estabilização dos preços no mercado. São
acontecimentos que obrigaram as empresas tupiniquins a uma adequação
em relação ao novo ambiente econômico global,
com melhora da qualidade, além da redução dos
custos de seus produtos e serviços, no intuito de enfrentar
a concorrência em pé de igualdade com os grandes conglomerados
internacionais. As máquinas e equipamentos, as instalações
e a estrutura física já não representam o grande
diferencial entre as empresas como acontecia em épocas anteriores
ao advento da globalização. Os ativos humanos sim,
constituindo-se no motor que empurra as organizações,
fazem a grande diferença e determinam o sucesso ou o fracasso
de seus empreendimentos.
A busca incessante pela racionalização e otimização
em todos os setores, levam os empresários a usar de todas
as armas contra a possibilidade de perder suas melhores cabeças,
além de desenvolver programas de treinamentos voltados a
aumentar o potencial de seus recursos humanos e outros programas
que objetivam atrair talentos do mercado. Com isso, pretende-se
formar grandes empreendedores que tenham persistência, iniciativa,
visão e, acima de tudo, liderança. É
incontestável que uma equipe vencedora não se faz
apenas com bons salários. É preciso oferecer um bom
ambiente de trabalho, planos de carreira, educação
corporativa, flexibilidade de horários e stock options (participação
nos lucros da empresa).
Além disso, os empresários devem proporcionar aos
seus funcionários, liberdade de atuação e condições
para contribuir na busca de alternativas e estratégias, através
da liberdade de expressão, para que os mesmos opinem sobre
os diferentes assuntos envolvendo a empresa. São elementos
que fazem a diferença entre conseguir segurar seus cérebros
e atrair outros talentos do mercado ou perdê-los para concorrentes
melhores estruturados. Pois, com um bom e harmonioso ambiente de
trabalho gerando satisfação, credibilidade e confiança
ao grupo organizacional, seguramente a empresa contará com
um potencial humano seleto e de alto nível e com baixa rotatividade,
cuja motivação resultará em aumento na produção,
melhora na qualidade e redução de desperdícios,
tudo contribuindo para o aumento da competitividade de seus produtos
ou serviços no mercado. Os resultados não demoram
a aparecer nos balanços da empresa, que passarão a
mostrar lucros substancialmente maiores.
Os grandes visionários do mercado reservam boa parte de seus
orçamentos para investimentos em recursos humanos. Na identificação
e desenvolvimento de novas habilidades e aptidões, através
da universidade corporativa, isto é, um colégio voltado
a treinar, instruir e ensinar - dentro da própria empresa
- sobre as tendências da administração, proporcionando-lhes
ferramentas estratégicas para a formulação
de idéias que possam ser aproveitadas em beneficio da organização.
Portanto, o capital humano, configurando-se como um grande referencial
de sucesso no meio empresarial, é o que vai determinar o
futuro da companhia. Sem um gerenciamento adequado deste requisito,
nenhuma empresa terá sucesso com suas metas e objetivos e,
conseqüentemente, não alcançará os resultados
esperados. Muito menos poderá pretender manter-se competitiva
no mercado. Assim, é inevitável que os empresários
que almejam o melhor para sua empresas, trabalhem incansavelmente
na busca da satisfação profissional para seus funcionários.
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Autor: Fernando Gomiero |
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